cara fechada, comida de ontem, roupa lavada
um em cada ponta da mesa
comendo em horários diferentes, distantes
só o silêncio presente, constante
espírito incomodado, o pouco me irrita
com mínimo espaço e muito descaso
barulhos chatos, ruídos inconvenientes
meus sons eu disfarço lentamente
de pés descalços com meias no chão
minha calma alma
caminha em minha cama
meu quarto, meu universo
meu único eu inverso
dorme cedo
programando seu dia,
acorda tarde
querendo levantar mais tarde ainda.
há dias não quer sair
quando sai demora a voltar
sempre igual, tudo normal
cara fechada, comida de ontem, roupa lavada...
cara fechada, comida de ontem, roupa lavada...
Giovanni Venturini – 30/04/13
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