as noites são silenciosas
enquanto a Condessa de Hong Kong me olha
pelo reflexo do espelho
seu cabelo curto, cotovelo apoiado no joelho
de um modo sedutor
deixando-me tímido e instigado.
seu criado-mudo
seu olhar diz tudo
apenas um copo
e duas gavetas com seus segredos.
sempre ali parada
não, seu olhar não me diz nada.
me seduz com suas costas nuas e frias
pele lisa e macia.
dezenove antes dela
noites e dias refletindo uma imagem bela
a Condessa de Hong Kong
me olha de um jeito bom.
fim de mais uma noite
mas sei que amanhã,
o reflexo me encara
seduzindo e intrigando
com medo ou amando
o segredo segue
Condessa, quer que te liberte?
só desvendo quando chego ao fim
quando assisto ao último filme do Chaplin.
Giovanni Venturini - 06/05/13
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