29 de julho de 2013

Entrevista - Diferenças - Nanismo no programa Nacional Jovem

Para quem perdeu e não conseguiu ouvir ao vivo minha entrevista para o programa Nacional Jovem da Rádio Nacional da Amazônia, aqui está:


*Para ler o texto "Campanha: Anões em papéis dignos!", citado na entrevista, clique aqui!


Foi um prazer participar desta entrevista e parabéns por abordarem diversos temas relacionado ao Nanismo durante essa semana.


Créditos:
Entrevista foi realizada durante o especial Diferenças - Nanismo, do programa Nacional Jovem, da Rádio Nacional da Amazônia  OC 11.780 kHz e 6.180 kHz
Apresentação: Juliana Maya

Produção: Elis Tanajura

18 de julho de 2013

A novela das 8

O filme nacional de Odilton Rocha se passa no ano de 1978 e conta a história de Amanda (Vanessa Giácomo) e sua empregada Dora (Claudia Ohana). Amanda é uma prostituta de luxo, cuja maior diversão é assistir a novela Dancin Days, enquanto Dora é uma personagem taciturna que tem um passado na militância comunista. As duas são a oposição entre a alienação e a repressão presente no país nesse momento político.
Esse é um tema que por si só me prende muito. Eu sempre pergunto para as pessoas ao meu redor o que se pensava na época. Muitas vezes, o que eu escuto é que não se sabia de nada, vivia-se um momento “nacionalista” e não se tinha noção do que realmente estava acontecendo. Novela das 8 traz essas duas visões tão opostas da mesma realidade, entrelaçando a história de diversos personagens.

O filme foi extremamente criticado pela mídia, principalmente, por motivos técnicos e por abordar muitos temas e núcleos ao mesmo tempo. Confesso que o longa não é nenhuma obra prima, mas é muito interessante e traz a tona uma importante discussão. Vale a pena, bom filme!

Por Maria Andrade

15 de julho de 2013

Jornal de Domingo

o jornal bate a porta
querendo trazer boas novas
o vento vem com ele
querendo abrigo

eu aqui trancado
sem saber do mundo que vivo
o lobo solitário
volta para toca

devoro-me sozinho
ouço-me em silêncio
durmo comigo
acordo em perigo

o jornal de ontem se rasgou na chuva
mas tudo bem,
amanhã é domingo
dia do tempo mudar
e do vento trazer aquele
jornal amassado

eu não vou abrir
estou protegido aqui
não quero saber
mais quantos se mataram
nem quanto foi o jogo
do mês passado

Passou, passou...passou
outro lobo solitário
na minha porta
senti pelo faro
em breve ele volta

não como era antes,
quando partiu
mas com novos sentidos
paladares novos, faro aguçado
Audição sensível, tato cansado

eu? prefiro aqui dentro
lobo solitário,
porém sem tristeza
sem notícias de quem se arrisca
lá fora, lá fora...lá fora?
o vento chora.



Giovanni Venturini – 10/07/13

9 de julho de 2013

Internética

A minha internet discada
me ilude lentamente

A minha internet diz-cada
coisa surpreendente
A minha internética diz-cada
absurdo que ofende



Giovanni Venturini - 09/07/2013

3 de julho de 2013

O Rei da Califórnia (King of California)


O Rei da Califórnia, de 2007, fica no limite interessantíssimo entre o drama e a comédia e trata sobre dois
assuntos que mexem muito comigo: família e loucura. Na verdade, os dois temas parecem ser a mesma coisa, já que o amor familiar é insano em muitos aspectos. Miranda (Evan Rachel Wood) é a responsável filha de Charlie (Michael Douglas), a adolescente que há anos dá conta de sustentar-se, já que o pai estava em uma clínica psiquiátrica. A trama tem inicio quando esse pai volta para casa e convence a filha a acompanhá-lo em uma jornada em busca de um tesouro espanhol que estaria enterrado na região. Loucura, sonho e amor misturados.
É um filme sem grandes surpresas ou idéias rebuscadas e não é nem de longe o melhor longa do gênero. Porém traz a essência do amor entre pais e filhos de um jeito muito simples e cativante. A atuação da dupla protagonista é simplesmente impecável e o roteiro cômico é ideal para uma dessas tardes de inverno.
A relação entre pais e filhos é talvez a relação mais complexa do mundo, sempre repleta de pequenos (ou grandes) desentendimentos, mágoas e decepções. E ainda assim, os esforços para entender, aceitar e dividir os momentos do dia a dia parecem perseverar em famílias da ficção e da realidade.
Como tantos outros filhos por aí, Miranda se desdobra em mil para acompanhar as loucuras (ou não) do pai, tentando superar suas dores e reconstruir esse relacionamento tão desgastado. A busca pelo tesouro espanhol torna-se uma deliciosa busca pela harmonia familiar que vale a pena acompanhar.

Bom filme!

Por Maria Andrade