15 de agosto de 2013

A não ser...

Desde quando criei o blog, eu adoro esse trocadilho que o nomeia: "Anãosergigante" (leia como quiser, e separe as sílabas como entender ou preferir)
E há um tempo atrás vi uma notícia de um professor colombiano, que reuniu algumas definições dos seus alunos (crianças), e fez um dicionário puro. (Veja a matéria aqui!)
Isso me inspirou a fazer um poema que defina o que é o "anão". Sempre quis escrever sobre isso, e ter a minha própria definição. Já havia tentado outras vezes, mas creio que essa, que está logo abaixo, seja a minha melhor.


Acima de tudo e abaixo de todos
sou anão.
Até mesmo ‘acima’ do meu banco
ou quieto no meu canto
continuo pequeno cidadão.

E anão nada mais é que um ser gigante por dentro.
Alguém que esqueceu de crescer por fora,
que inverteu o sentido e o significado
de vir e ir embora,
de crer e de ser
de crescer.

Todos crescem, menos nós.
Cordas infindas em nós
somos eternamente imensos
em prosas, ‘in-versus’.

Não vejo diferença entre os anões e os demais.
A não ser os banais.
A não ser a indiferença de ser grande.
Anão: ser Gigante.

Portanto, (gig)antes de mais nada,
(gig)antes de qualquer coisa,
adiante e diante do mundo
somos
gigAntes de tudo
como todos.


Giovanni Venturini – 16/06/2013


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