Mais uma noite típica e cansativa.Plataforma do metrô lotada, cheia de rostos e corpos
cansados da rotina exaustiva da cidade grande.
Ele voltando da faculdade, pelo mesmo caminho de sempre. Ela experimentando um trajeto novo, e quem sabe mais rápido para chegar em casa.
Ele voltando da faculdade, pelo mesmo caminho de sempre. Ela experimentando um trajeto novo, e quem sabe mais rápido para chegar em casa.
Ele já estava lá quando ela chegou. Os dois se olharam, ela exibe um sorriso de
canto de boca, timidamente. Ele sorri também de canto de boca, mas de um modo
sedutor. Ela desvia o olhar para o chão. Ele não.
O metrô chega, e na pressa da multidão acaba indo cada um para um lado do vagão. Ele senta e ainda procura ela com seu olhar. Enfim acha seus lindos cabelos louros encaracolados. Ela de costas para ele, não o vê.
O metrô chega, e na pressa da multidão acaba indo cada um para um lado do vagão. Ele senta e ainda procura ela com seu olhar. Enfim acha seus lindos cabelos louros encaracolados. Ela de costas para ele, não o vê.
Chega a estação dele. Ele desce. Ela não. Ele ainda olha para trás em busca de mais um olhar dela, quem sabe outro sorriso. As portas do metrô se fecham, sem ela perceber que ele havia partido. Ele ficou vendo-a partir.
Cada um segue seu caminho. Ele segue pensando nela, pensando em repetir o mesmo trajeto, no mesmo horário, para tentar reencontra-la. Ela pensa qual caminho será mais conveniente para seu dia seguinte.
Ele chega em casa, janta, toma um banho e vai dormir ainda
pensando nela, sem saber porque. Todo dia ele vê milhares de mulheres lindas
nos metrôs, ônibus, ruas em que passa. Talvez nenhuma tenha exibido um sorriso
cativante e tímido como o dela.
Ela chega em casa, janta, toma um banho e sente-se feliz,
sem saber porque. Todo dia ela vê milhares de homens atraentes nos metrôs,
ônibus, ruas em que passa. Talvez nenhum tenha mantido o olhar fixo somente
nela e em seu sorriso.
Ela dorme rápido, sonha com ele, mas no dia seguinte não se
lembra do sonho. Ele demora a dormir, sente uma dor estranha no peito, e no dia
seguinte não se levanta.
Ela
faz o mesmo trajeto todo dia tentando reencontrar ele. Ele morreu de amor
naquela mesma noite.Giovanni Venturini
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